Rio Ave revolta-se contra decisão polémica da Liga Portugal e denuncia alteração inesperada
O Rio Ave tornou público o seu descontentamento devido à alteração unilateral da data do jogo contra o Famalicão, válido pela 7ª jornada do campeonato nacional. O encontro, inicialmente agendado para 29 de setembro, foi antecipado para o dia anterior, domingo, às 20h30, decisão tomada pela Liga Portugal.
A Liga justificou a mudança alegando uma “excepcionalidade” motivada pela necessidade de adiar o jogo entre FC Porto e FC Arouca para segunda-feira, em virtude da realização da Feira das Colheitas em Arouca. Este evento tradicional acontece próximo ao estádio desde 1944 e, segundo a Liga, impossibilitaria a realização de partidas na data inicialmente prevista.
Assim, a influência da Feira das Colheitas acabou por afetar não apenas um, mas dois jogos da Liga. O Rio Ave aproveitou para recordar que já tinha sido prejudicado por uma alteração de calendário logo na primeira jornada, o que obrigou a equipa a um ciclo de três jogos em pouco mais de uma semana.
Segundo o clube de Vila do Conde, a nova alteração intensifica ainda mais a sobrecarga de jogos, já que, desta vez, terá de disputar três partidas em apenas nove dias, sendo dois desses compromissos fora de casa e de forma consecutiva. Para o Rio Ave, tal situação cria uma “desigualdade de circunstâncias face ao adversário”.
O desagrado foi transmitido diretamente ao presidente da Liga Portugal, Reinaldo Teixeira, com o clube a afirmar que não se trata de uma situação excecional, mas sim de uma falha da organização em antecipar um problema recorrente e conhecido há anos. O comunicado sublinha “a incapacidade da Liga em antecipar o problema e calendarizar as jornadas com o cuidado necessário e exigível”.
A SAD do Rio Ave também aponta a falta de alternativas apresentadas pela Liga Portugal e pelo operador televisivo, sugerindo que ambos os jogos poderiam ter ocorrido no dia 29 de setembro, dentro dos horários regulamentares. O comunicado enfatiza: “Cabe à Liga Portugal assumir as suas responsabilidades por tão caricata situação, ao expor uma indústria de tão grande dimensão à fragilidade de se condicionar em virtude da realização de uma Feira, prevista no tempo e no espaço, há tempo mais que suficiente para que tudo isto fosse profundamente evitável”.
No encerramento, o Rio Ave expressa o desejo de que a Liga Portugal adote práticas que reflitam os valores que proclama, sobretudo a “credibilidade”, de modo a evitar que episódios semelhantes voltem a acontecer e para garantir equidade a todas as equipas envolvidas.





